Oferecer um plano odontológico empresarial possui uma série de vantagens. Aumento da produtividade e menos rotatividade de colaboradores são apenas alguns exemplos. Segundo uma pesquisa realizada pela Catho, o planos odontológico é um dos benefícios mais valorizados entre os empregados. Portanto, toda empresa que quer reter talentos e oferecer mais aos seus funcionários não deve abrir mão desse tipo de benefício.
Embora a importância de oferecer um plano odontológico empresarial seja algo bem conhecido dos gerentes de RH, nem todo mundo sabe exatamente como funciona um plano e quais são as exigências para as operadoras. Para esclarecer essas e outras questões, vale a pena conferir!
Exigências da ANS
Todas as operadoras que comercializam planos odontológicos precisam estar registradas na Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Além disso, existem algumas exigências dessa agência reguladora que devem ser observadas. A principal delas diz respeito ao rol de serviços obrigatórios, o que significa que todos os planos devem oferecer alguns procedimentos básicos definidos pela própria ANS. No momento de redação desse texto, esses serviços que compõe a cobertura básica totalizam mais de 130. São eles: consultas, atendimento de urgência e emergência, radiologia, ação de prevenção de doenças bucais, restaurações, extrações, tratamento de canal, aplicação de flúor e selante, entre outros.
Empresas que desejam contratar um plano odontológico para os seus funcionários também podem negociar junto à operadora coberturas diferenciadas. Em geral, essas coberturas não cobrem também tratamentos ortodônticos, colocação de implantes e próteses entre outros – mas é possível negociar.
Hoje existe uma tendência nas empresas de customizar pacotes de benefícios baseados nas necessidades dos funcionários. Assim, antes de contratar um plano odontológico empresarial é interessante checar todas as opções da operadora para ver aquelas que mais se encaixam no perfil dos colaboradores da empresa.
Abrangência da cobertura e carência
As coberturas oferecidas pelas operadoras possuem limitações geográficas. Em outras palavras, nem todos os planos contam com uma rede de profissionais credenciados em todo território nacional. Este é um ponto que sempre deve ser avaliado pela empresa, antes de contratar um plano para os seus funcionários. Se uma empresa possui diversas filiais pelo país, por exemplo, talvez seja mais interessante oferecer um plano com cobertura nacional. Nos demais casos, a cobertura local pode satisfazer as necessidades da maioria dos colaboradores.
Outro aspecto que deve ser levado em consideração diz respeito as carências, que funcionam de forma diferente para cada plano. Alguns planos odontológicos estabelecem um prazo de carência que pode ser de até 180 dias, no caso de procedimentos mais complexos, e 24 horas para procedimentos simples, como uma consulta de urgência, por exemplo.
Procure analisar qual o prazo de carência do convênio odontológico. Muitas vezes priorizar períodos de carência mais curtos podem ser uma boa opção, dependendo do perfil dos funcionários da empresa.
Impacto na folha de pagamento
O custo de um plano odontológico empresarial deve ser calculado de acordo com o número de beneficiários, o que não inclui apenas os funcionários, como também os dependentes (filhos e cônjuges dos colaboradores).
A empresa pode oferecer o plano odontológico de duas formas aos seus funcionários. A primeira é da forma compulsória, ou seja, todos os funcionários têm direito ao plano odontológico mesmo que não queiram. Nesses casos, o custo do benefício é assumido de forma integral pela empresa.
Também é possível oferecer o plano de forma facultativa, oferecendo ao funcionário a possibilidade de aderir ou não.
Vale destacar que, nos termos da legislação trabalhista, a assistência odontológica não possui natureza de salário. Assim, caso a empresa desconte na folha o valor do plano é preciso que o funcionário esteja de acordo e seja formalizado um documento com tal anuência.
Ainda que a empresa assuma os custos do plano odontológico empresarial, é importante avaliar esse investimento. Comparado com outros benefícios, como um plano de saúde por exemplo, o custo é irrisório. Assim, considerando todas as vantagens de oferecer um plano odontológico, o investimento realizado pela empresa compensa e traz bons resultados.
Dedução no Imposto de Renda
Por fim, uma questão muito importante quando se trata de plano odontológico para empresas diz respeito à dedução no Imposto de Renda. Assim como outros benefícios, tais quais o vale refeição, plano de saúde, auxílio farmácia, entre outros, o plano odontológico também pode ser deduzido do imposto de renda, o que acaba sendo vantajoso já que as empresas lidam hoje com uma alta carga tributária.
Toda gerente de RH deve ter em mente que oferecer um plano odontológico aos funcionários é um investimento para a empresa. No entanto, se trata de um investimento com um excelente retorno. Hoje, mais a mais empresas enxergam na produtividade um fator de competitividade, já que somente com um quadro de funcionários mais produtivo é possível otimizar os resultados. Assim, investir em todo e qualquer recurso que favoreça a produtividade é uma ótima estratégia.
Atenção: o que está descrito acima não se destina a substituir os conselhos e recomendações do Cirurgião-Dentista responsável pelo tratamento/procedimento.